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tapume

barreira | n. f.

Separação ou tapume que circunda ou separa um recinto reservado da parte que é destinada ao público....


tronco | n. m. | adj.

Espaço separado por tapumes em trabalhos de mineração....


curralada | n. f.

Malhada, com tapume provisório....


valado | adj. | n. m.

Vala pouco profunda, com tapume ou sebe, para resguardo ou defesa de uma propriedade rústica....


gradeado | n. m. | adj.

Tapume em forma de grade....


panal | n. m. | adj. 2 g.

Tapume de tábuas que resguarda a mó do moinho de cereais....


tapagem | n. f.

Espécie de tapume feito de varinhas que se arma nos rios para apanhar o peixe....


tapume | n. m.

Barreira de tábuas com que se fecha ou circunscreve uma porção de terreno, uma área em que se edifica, etc....


azervada | n. f.

Paliçada, tapume, caniçada, junção de azerves....


balça | n. f.

Tapume vegetal feito com plantas enraizadas, usado para dividir ou proteger um terreno....


vedado | n. m. | adj.

Que tem tapume; murado....


cerca | n. f.

Muro, vedação ou tapume que rodeia um terreno....


septoriose | n. f.

Doença que afecta diversas plantas, causada pelos fungos do género Septoria (ex.: septoriose do tomateiro, septoriose do trigo)....


vedação | n. f.

Acto ou efeito de vedar....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida sobre o uso do acento grave (chamamos de crase aqui no Brasil). Um amigo me disse que pode-se escrever à favor, alegando que é opcional o uso da crase em locuções adverbiais. Ele está correto?
A crase à é uma contracção da preposição a com o artigo definido feminino a. Para haver o uso desta crase, é necessário que haja um substantivo feminino a seguir que justifique o uso do artigo definido feminino (ex.: estava à frente = estava a[PREP]+a[ART] frente; foi à caça = foi a[PREP]+a[ART] caça). Não poderá usar a crase numa expressão como a favor, pois favor é um substantivo masculino e nunca poderia ser antecedido do artigo definido feminino a. Em alguns casos poderá haver uso de crase antes de substantivos masculinos, mas apenas em situações muito específicas, em que se pode subentender locuções como moda de ou maneira de (ex.: coelho à [maneira do] caçador).
Sobre este assunto, poderá também consultar outras respostas em regência verbal e nominal, graças a deus e crase em intervalo temporal.




Na frase "Quem encontrou uns óculos no banheiro, favor entregar ao setor de Meio Ambiente", a dúvida é se posso colocar uns óculos, mesmo possuindo um único par de óculos perdidos.
A concordância uns óculos está correcta e *um óculos é um erro a evitar (o asterisco indica agramaticalidade).

O exemplo apontado (óculos) é um caso de pluralia tantum (‘apenas plural’), designação latina dada a palavras ou expressões que correspondem a um plural gramatical, mas que designam um objecto ou referente singular, normalmente formado por duas partes mais ou menos simétricas (outros exemplos serão binóculos ou calças). Com estas palavras tem de haver sempre concordância com a terceira pessoa do plural (ex.: os binóculos partidos estão em cima da mesa; as calças rasgadas foram cosidas), pois gramaticalmente são substantivos no plural, mesmo se designam uma realidade única; é também frequente nestes casos o uso do numeral colectivo par de, o que permite fazer concordâncias no singular (ex.: o par de binóculos partidos/partido está em cima da mesa; o par de calças rasgadas/rasgado foi cosido).

A hesitação na utilização da palavra óculos parece resultar de dois factores. O primeiro factor relaciona-se com a influência de um fenómeno relativamente comum no português do Brasil, que consiste na preferência do singular para designar um referente composto por duas peças (ex.: Comprei uma calça nova; Está usando sandália importada), sem que a interpretação implique apenas um elemento do par (repare-se no entanto que as formas *uma calças / *umas calça e *uma sandálias / *umas sandália são incorrectas, como indica o asterisco). O segundo factor, como refere Cláudio Moreno em O Prazer das Palavras (Porto Alegre, RBS Publicações, 2004, p. 122), relaciona-se com o facto de óculos não ser entendido como plural de óculo e ser confundido com um substantivo de dois números (isto é, que tem a mesma forma para o singular e para o plural) terminado em -s, como lápis (ex.: Comprei um lápis novo; Está usando lápis importados). Estes dois factores conjugam-se na construção de estruturas erradas como *meu óculos escuro.


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