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mão

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mãomão
Imagem

Extremidade do braço humano a partir do pulso, que serve para o tacto e apreensão dos objectos.


nome feminino

1. Extremidade do braço humano a partir do pulso, que serve para o tacto e apreensão dos objectos.Imagem

2. Pé dianteiro do quadrúpede.

3. Pé de rês (depois de cortado).

4. Garra (da ave de rapina).

5. [Desporto] [Esporte] Falta cometida por um jogador de futebol que toca deliberadamente a bola com essa parte do corpo.

6. Lado indicado por cada uma das mãos (ex.: mão direita, mão esquerda).

7. Lado (geralmente o direito) em que deve circular quem guia um veículo ou segue a pé em determinado sentido.

8. Parte por onde se segura, maneja ou governa um instrumento, um utensílio, etc. = CABO, PEGA

9. Faculdade de ser o primeiro a fazer ou dizer uma coisa.

10. Conjunto de cartas lançadas numa vaza ou valor das cartas de um jogador.

11. Parceiro que primeiro joga numa partida.

12. Lanço completo de jogo.

13. Camada (de tinta, cal, verniz, etc.) que estende numa superfície. = DEMÃO

14. Medida, tomada com a mão aberta, que vai da extremidade do dedo polegar à ponta do dedo mínimo. = PALMO

15. Medida, equivalente a meio palmo, tomada pela largura da mão com os dedos unidos. = MÃO-TRAVESSA

16. Grupo de cinco objectos.

17. [Artes gráficas] [Artes gráficas] Conjunto de 25 folhas (ex.: uma resma tem vinte mãos de papel).

18. O que cabe na mão. = MANCHEIA, MÃO-CHEIA, PUNHADO

19. Pequeno feixe que cabe na mão. = MANOLHO, MANOJO

20. Modo de operar ou trabalhar (ex.: nota-se aqui uma mão profissional). = ESTILO, MANEIRA

21. Direito ou força de mandar (ex.: mão forte). = AUTORIDADE, MANDO, PODER

22. Auxílio; socorro (ex.: nenhuma mão o ajudou).

23. Patrocínio, favor.

24. Domínio, posse (ex.: o carro mudou de mão).

25. Sorte, felicidade com que se escolhe (ex.: ele tem mão para isto).

26. Carda miúda (para panos).

27. Gavinha.

28. Pilão de um almofariz.Imagem

29. [Marinha] [Marinha] Haste mais curta de um madeiro angular. (Também se diz mão da curva.)


abrir mão de

Renunciar a ou desistir de algo (ex.: não vamos abrir mão dos nossos princípios).

à mão

Perto ou ao alcance da mão.

Com as mãos ou sem uso de máquinas ou dispositivos automáticos. = MANUALMENTE

à mão armada

Com recurso a uma arma, em especial, uma arma de fogo (ex.: assalto à mão armada; detido suspeito de crimes à mão armada na Baixa).

à mão de semear

[Informal] [Informal] Perto ou ao alcance da mão; de fácil acesso.

às mãos lavadas

Sem dificuldade.

assentar a mão

Habituar-se a um trabalho ou operação; tornar-se desembaraçado. = ADESTRAR-SE

com a mão do gato

Sorrateiramente.

com a mão na massa

Ocupado ou a trabalhar no assunto, na tarefa ou na coisa de que se trata (ex.: fjá que estou com a mão na massa, vou ler os dois relatórios).

Em flagrante (ex.: foi apanhado com a mão na massa).

com as mãos na massa

O mesmo que com as mão na massa.

com as mãos vazias

O mesmo que de mãos vazias.

dar de mão

Abandonar.

dar uma mão

Ajudar (ex.: fomos dar uma mão ao pessoal da associação).

de mão lavada

De graça, gratuitamente.

de mão na cinta

O mesmo que de mão na ilharga.

de mão na ilharga

Com soberba; com modos arrogantes.

de mãos vazias

Sem nada para dar ou propor; com as mãos vazias (ex.: saiu da reunião de mãos vazias).

deitar a mão a

Agarrar, apoderar-se.

deixar da mão

Parar de incomodar (ex.: eu queria despachar-me e ele não me deixava da mão). = LARGAR DA MÃO

em primeira mão

Novo (ex.: nunca teve um carro em primeira mão).

Pela primeira vez; antes de outros publicarem ou divulgarem (ex.: notícia em primeira mão; o canal anunciou em primeira mão a demissão do ministro).

em segunda mão

Já usado.

falar à mão

Interromper (a quem fala ou trabalha).

fazer mão baixa em

Roubar.

fora de mão

Muito longe; desviado.

ir à mão de

Repreender; contrariar.

lançar mão de

Servir-se de (ex.: pretendem lançar mão de todos os recursos possíveis; lançou mão de um machado). = USAR, UTILIZAR

largar da mão

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Parar de incomodar (ex.: larga-me da mão porque tenho muito trabalho). = DEIXAR DA MÃO

lavar as mãos

Eximir-se de toda a responsabilidade.

mão de fada

Grande habilidade para tarefas domésticas ou artesanais (ex.: ele tem umas mãos de fada na cozinha).

mão de ferro

Opressão; tirania.

Severidade no modo de governar.

mão de mestre

Mão prática; mão bem exercitada.

mão de pilão

[Informal] [Informal] Falta de habilidade com as mãos, principalmente na execução de trabalhos manuais ou artesanais.

mão de rédea

Governo de cavalo (pelo freio).

mão morta

A que se deixa mover à vontade por outra. (Confrontar: mão-morta.)

mão na roda

[Brasil] [Brasil] Ajuda oportuna.

mãos de anéis

Mãos bonitas e delicadas.

mãos limpas

Integridade.

mãos postas

Mãos erguidas para rezar ou suplicar.

mão única

[Brasil] [Brasil] Circulação só permitida num dos sentidos de uma rua ou estrada. = SENTIDO ÚNICO

meter a mão na massa

[Informal] [Informal] Lançar-se a um trabalho; participar na realização de algo.

na mão

O mesmo que nas mãos.

não ter mãos a medir

[Informal] [Informal] Estar muito ocupado.

nas mãos

Debaixo do controlo ou do domínio de (ex.: mudar a situação está nas suas mãos; o tenista tinha o jogo nas mãos, mas acabou por perder).

pedir a mão

Pedir em casamento.

pôr a mão no fogo

O mesmo que pôr as mãos no fogo.

pôr as mãos no fogo

Responsabilizar-se por ou não ter quaisquer dúvidas em relação a algo ou alguém.

por baixo de mão

Às escondidas.

ter mão em

Controlar; suster.

vir às mãos

Lutar, combater.

untar as mãos a

Corromper alguém com dinheiro ou dar gorjeta ou gratificação para obter favores.

vistoPlural: mãos.
etimologiaOrigem etimológica:latim manus, -us.
iconPlural: mãos.
Ver também resposta à dúvida: família de palavras de mão.

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



A palavra fim de semana, aparece em todo o lado escrita com hífen, inclusive no vosso dicionário. Contudo, quando estudei a língua portuguesa nas cadeiras da faculdade, foi-nos dado como referência um manual que nos serviu como a Bíblia da Língua Portuguesa: a Nova Gramática do Português Contemporâneo. Esta gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra afirma na página 107 que a palavra fim de semana é um exemplo de quando os elementos justapostos conservam a sua "autonomia gráfica", tais como Idade Média e pai de família. Assim sendo, gostaria que me informassem se é correcto a utilização das duas formas, ou se a Nova Gramática já está desactualizada.
O registo de fim-de-semana como palavra hifenizada é feito pela esmagadora maioria das obras de referência do português europeu, nomeadamente o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES, o Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro MACHADO, o Dicionário da Língua Portuguesa On-line, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora.

Como contraponto, a palavra hifenizada está praticamente ausente das obras de referência do português do Brasil, não constando, por exemplo, do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. A locução fim de semana é registada em obras como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa ou o Aulete Digital - Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa.

É interessante, neste aspecto, comparar a edição brasileira (Ed. Objetiva, 2001) e a portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e verificar que apesar de fim de semana estar registado nas duas edições como locução e não como palavra hifenizada, na edição portuguesa foi acrescentada a observação "também se escreve com hífen".

Relativamente ao que está estipulado nos textos legais que regem a ortografia portuguesa, a regulamentação sobre o uso do hífen é tão vaga que permitiria justificar que grande parte das locuções nominais fosse escrita com hífen. Leia-se, por exemplo, parte do texto da base XXVIII, a respeito de palavras/locuções com a mesma estrutura de fim-de-semana: "Emprega-se o hífen nos compostos em que entram [...] dois ou mais substantivos, ligados ou não por preposição ou outro elemento [...] e em que o conjunto dos elementos, mantida a noção da composição, forma um sentido único ou uma aderência de sentidos. Exemplos: água-de-colónia, arco-da-velha, bispo-conde, brincos-de-princesa, cor-de-rosa". Se aplicarmos estas indicações a fim-de-semana, podemos concluir que esta locução pode corresponder a um sentido único, pois corresponde a um intervalo temporal específico que não se limita a ser o fim de uma semana de trabalho, uma vez que pode a semana pode começar ao domingo e este está incluído no fim-de-semana.

A Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso CUNHA e Lindley CINTRA não se encontra desactualizada, nem está incorrecta. O que acontece é que o ponto de partida desta gramática de 1985 foi a Gramática da língua portuguesa, de Celso Cunha (1972). Apesar de a colaboração de Lindley Cintra ter permitido incluir informação adicional sobre o português de Portugal e um contraste entre as duas normas, alguma informação veiculada segue a tradição lexicográfica do português do Brasil, como parece ser o caso com fim de semana. Citando os autores da referida gramática, "reitere-se que o emprego do hífen é uma simples convenção ortográfica" (p. 107) e, atendendo à sua parca regulamentação nos textos legais, baseia-se essencialmente nas tradições lexicográficas portuguesa e brasileira.

Em conclusão, pode dizer-se que não se trata de uma incorrecção escrever de uma ou de outra forma, pois não há determinação ortográfica que impeça nenhuma delas, tratando-se apenas de uma questão de respeito pela tradição lexicográfica das duas normas. Actualmente, será preferível escrever fim-de-semana no português de norma europeia, e fim de semana no português de norma brasileira, mas é de referir ainda que o Acordo Ortográfico assinado em 1990 (que, saliente-se, não está em vigor) preconiza (na alínea a) do art. 6.º da base XV), a forma fim de semana, ignorando o texto do parágrafo anterior que defende excepções "já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa)".




Numa frase: o fulano leva-nos o dinheiro todo. Eu quero abreviar: o fulano leva-no-lo todo. Será correcto?
Como poderá constatar na Gramática do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na secção Pronomes, o pronome clítico de complemento directo de terceira pessoa masculino é o, sendo que, quando é antecedido de uma forma verbal ou de outro clítico terminado em s, se lhe acrescenta um l (ex.: leva-nos o dinheiro = leva-no-lo; comprou-vos o terreno = comprou-vo-lo; chamámos o professor = chamámo-lo). A mesma regra se aplica, obviamente, em caso de flexão do pronome clítico em questão (ex.: leva-nos as malas = leva-no-las; comprou-vos a casa = comprou-vo-la; chamámos os professores = chamámo-los).