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para-

A forma para-pode ser[nome de dois géneros], [prefixo] ou [preposição].

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parapara
( pa·ra

pa·ra

)


preposição

1. Exprime direcção ou lugar de destino (ex.: arrancou para o Sul; a casa está virada para norte).

2. Exprime lugar de destino com intuito de demora (ex.: foram para Londres e só regressaram passados 30 anos).

3. Indica destinatário ou beneficiário (ex.: trouxe bolinhos para vocês).

4. Indica limite temporal aproximado (ex.: a abertura está prevista para sábado; o vestido está pronto para a semana).

5. Usa-se para indicar a hora exacta que se completará quando passarem os minutos referidos, menos de 30 (ex.: faltam cinco para a uma).

6. Usa-se para exprimir finalidade ou propósito (ex.: lutou para conseguir o que queria; deixaram documentação para que possamos analisar o caso; espremedor para citrinos).

7. Indica intenção (ex.: ando para comprar esse livro).

8. Indica especificidade, aptidão ou adequação de alguma coisa (ex.: comprimido para as dores; casaco para o frio).

9. Indica restrição (ex.: o filme é para maiores de 18 anos).

10. Indica ponto de vista (ex.: para os atletas, o treinador é um modelo).

11. Indica relação, proporção ou comparação (ex.: 1 está para 10 assim como 20 está para 200).


para que

Indica o fim, o objectivo ou a consequência de determinada acção (ex.: preciso de mais tempo, para que isto seja bem feito). = A FIM DE QUE

etimologiaOrigem etimológica:latim per, por, através de + latim ad, para, em direcção de.
Confrontar: pára, forma do verbo parar.
páraparapárapara
|pá| |pá| |pá| |pá|
( pá·ra pa·ra

pá·ra

pa·ra

)


nome de dois géneros

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] [Militar] [Militar] Soldado especialmente exercitado para descer em pára-quedas na retaguarda inimiga ou para praticar destruições em pontos estratégicos (ex.: os páras participaram no ataque). = PÁRA-QUEDISTA

etimologiaOrigem etimológica:redução de pára-quedista.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: para.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: pára.
grafiaGrafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:para.
grafia Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: pára.
pára-para-pára-para-
|pà| |pà| |pà| |pà|


prefixo

Elemento designativo de aquilo ou aquele que protege ou ampara (ex.: pára-quedas; pára-raios).

etimologiaOrigem etimológica:forma do verbo parar.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: para-.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: pára-.
grafiaGrafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:para-.
grafia Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: pára-.
para-para-


prefixo

Entra na composição de um grande número de palavras com várias significações: ao lado, além, acima de, a par de, à volta de, para, contra, quase (ex.: paranormal; paraolímpico; paratexto).

etimologiaOrigem etimológica:latim paro, -are, preparar, esforçar-se para obter ou conseguir.

Auxiliares de tradução

Traduzir "para-" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Agradeço que me informem como devo pronunciar a palavra maximizar, isto é, se deve ser macsimizar ou massimizar.
A letra -x- da palavra maximizar poderá ser pronunciada [ks] ou [s] e é esta a opção dos dicionários de língua que registam a transcrição fonética (por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências ou do Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora), pois se por um lado deriva do adjectivo e substantivo máximo, cujo -x- se lê habitualmente [s] no português europeu, por outro tem alguma influência do inglês (maximise ou maximize) ou do francês (maximiser).



Seria possível esclarecerem-me quanto à seguinte dúvida? Diz-se impresso / imprimido? E morto / morrido / matado?
Sei que só se pode usar cada uma das conjugações com uma forma dos verbos ser / estar / ter (este último não tenho a certeza). Com quais formas posso usar? Qual a regra gramatical?
Apesar de desconhecida por grande parte dos falantes, existe uma regra da gramática tradicional que estipula que os particípios irregulares (ex.: impresso, morto, pago, salvo) devem ser utilizados com os verbos ser e estar (ex.: o documento foi impresso e ele foi morto) e os regulares (geralmente terminados em -ado ou -ido) com os verbos ter e haver (ex.: ela tinha imprimido o documento e ele disse que tinha matado o coelho). Citando Lindley Cintra e Celso Cunha, “de regra, a forma regular emprega-se na constituição dos tempos compostos da VOZ ACTIVA, isto é, acompanhada dos auxiliares ter ou haver; a irregular usa-se, de preferência, na formação dos tempos da VOZ PASSIVA, ou seja acompanhada do auxiliar ser.” *

No entanto, verifica-se uma tendência para o uso exclusivo de uma das formas do particípio, como é o caso de pago, ganho, gasto e entregue, que se utilizam com qualquer um dos verbos auxiliares, em detrimento da existência de formas participiais regulares (ex.: tinha entregue a encomenda, eles têm gasto muito dinheiro, etc.).

Existe uma falta de concordância entre obras lexicográficas no que diz respeito a esta questão. Se há autores que registam certos verbos como detentores de duplos particípios, outros, para os mesmos verbos, registam apenas as formas regulares. É o caso, por exemplo, de exaurir. Alguns autores referem exausto e exaurido como particípio de exaurir, mas outros registam apenas a segunda forma.

No que diz respeito aos particípios morto, morrido e matado, estes não são todos referentes ao mesmo verbo. Morto e matado são particípios de matar (ex.: ele foi morto pelo exército inimigo e ela tinha matado a mosca); morrido é particípio de morrer (ex.: tinha morrido há mais de dois anos).

* Cunha, Celso, Lindley Cintra, Nova Gramática do Português, 14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 441. A regra prevê, no entanto, excepções, como no caso do verbo imprimir: “Imprimir possui duplo particípio quando significa «estampar», «gravar». Na acepção de «produzir movimento», «infundir», usa-se apenas o particípio em -ido. Dir-se-á, por exemplo: Este livro foi impresso em Portugal. Mas, por outro lado: Foi imprimida enorme velocidade ao carro." (Celso Cunha & Lindley Cintra, Op. cit., p. 442).