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causa

A forma causapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de causarcausar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de causarcausar] ou [nome feminino].

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causacausa
( cau·sa

cau·sa

)


nome feminino

1. Agente eficaz que dá existência ao que não existia. = FONTE, MOTIVO, ORIGEM, RAZÃO

2. O que antecede um fenómeno.

3. Facto ou acontecimento (ex.: ele conhece muito bem a causa).

4. [Direito] [Direito] Acção ou processo judicial.

5. [Figurado] [Figurado] Conjunto de interesses ou de ideias. = FACÇÃO, PARTIDO


em causa

Que está em análise ou em discussão (ex.: sobre o assunto em causa, não temos nada a acrescentar).

Em risco; em perigo (ex.: o financiamento da investigação ficou em causa).

justa causa

[Direito] [Direito]  Facto, circunstância ou conjunto de factos que permite que uma das partes possa pôr termo a um contrato (ex.: despedimento com justa causa; rescisão com justa causa).

por causa das dúvidas

Por precaução; por via das dúvidas.

pôr em causa

Ter ou criar dúvidas sobre ou argumentos contra o que se considera certo ou seguro (ex.: pôs em causa os métodos de trabalho). = QUESTIONAR

etimologiaOrigem etimológica:latim causa, -ae, causa, razão.
causarcausar
( cau·sar

cau·sar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Ser causa, a origem de. = MOTIVAR, ORIGINAR, PRODUZIR

2. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Chamar a atenção sobre si. = ARRASAR

Connfrontar: casuar.

Auxiliares de tradução

Traduzir "causa" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Tenho informações de que a palavra adequar é verbo defectivo e portanto, dizer "eu adequo" estaria errado por não existir esta conjugação.
Nem sempre há consenso entre os gramáticos quanto à defectividade de um dado verbo. É o que acontece no presente caso: o Dicionário Aurélio Eletrônico, por exemplo, regista o verbo adequar como defectivo, conjugando-o apenas parcialmente, enquanto o Dicionário Eletrônico Houaiss conjuga o verbo em todas as suas formas. A este respeito convém talvez transcrever o que diz Rebelo Gonçalves (que conjuga igualmente o referido verbo em todas as formas) no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (1966: p. xxx):

"3. Indicando a conjugação de verbos defectivos, incluímos nela, donde a onde, formas que teoricamente podem suprir as que a esses verbos normalmente faltam. Critério defensável, parece-nos, porque não custa admitir, em certos casos, que esta ou aquela forma, hipotética hoje, venha a ser real amanhã; e, desde que bem estruturada, serve de antecipado remédio a possíveis inexactidões."

A defectividade verbal ocorre geralmente por razões de pronúncia (por exemplo, para não permitir sequências sonoras estranhas ou desagradáveis ao ouvido dos falantes como *coloro em “Eu coloro com tinta verde.” [leia-se: “Eu estou a colorir com tinta verde” / “Eu estou colorindo com tinta verde”]) ou por razões de significado (nem sempre a ideia transmitida pelo verbo é passível de ser expressa por todas as pessoas gramaticais). No entanto, convém ter em mente, como afirma Rebelo Gonçalves, que o termo (no caso, uma forma verbal) que hoje não passa de uma hipótese, futuramente poderá ser uma realidade.

No caso em análise, será correcta uma frase como "eu adequo a minha linguagem ao público a que me dirijo".




Li o texto do Acordo Ortográfico de 1990 e outros textos sobre o assunto, e tomava a liberdade de perguntar qual a posição da Priberam relativamente aos prefixos sub-, ad- e ab- quando seguidos por palavra iniciada por r cuja sílaba não se liga foneticamente com o prefixo. Concretizando: sub-rogar ou subrogar; ad-rogar ou adrogar; ab-rogar ou abrogar? O Acordo, aparentemente, é omisso quanto à matéria, e já vimos opções diferentes da por vós tomada na versão 7 do FLIP.
O texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 (base XVI) é, de facto, omisso relativamente ao uso de hífen com prefixos terminados em consoantes oclusivas (como ab-, ad- ou sub-) quando o segundo elemento da palavra se inicia por r (como em ab-rogar, ad-rogar ou sub-rogar). Para que seja mantida a pronúncia [R] (como em carro) do segundo elemento, terá de manter-se o hífen, pois os casos de ab-r, ad-r, ob-r, sob-r, sub-r e afins são os únicos casos na língua em que há os grupos br ou dr (que se podiam juntar a cr, fr, gr, pr, tr e vr) sem que a consoante seja uma vibrante alveolar ([r], como em caro ou abrir). Se estas palavras não contiverem hífen, o r ligar-se-á à consoante que o precede e passará de vibrante velar (ex.: ab[R], sub[R]) a vibrante alveolar (ex.: ab[r], sub[r]). Não se pode, por isso, alterar a fonética por causa da ortografia, nem alterar a grafia, criando uma excepção ortográfica, só porque o legislador/relator ou afim escamoteou ou esqueceu este caso. O argumento de que a opção de manter o hífen nestes casos segue o espírito do acordo pode reforçar-se se olharmos, por exemplo, para os casos dos elementos de formação circum- e pan-, onde não se criam excepções à estrutura silábica, nem à pronúncia (cf. circum-escolar e não circumescolar; pan-africano e não panafricano).
Pelos motivos expostos, a opção da Priberam é manter o hífen nos casos descritos.