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fim

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fimfim


nome masculino

1. Termo, cabo, remate, conclusão.

2. Extremidade.

3. Morte.

4. Resultado.

5. Escopo, desígnio, alvo.

6. [Lógica] [Lógica] Causa.


a fim

Disposto para algo ou desejoso de algo (ex.: fizeram-lhe várias propostas, mas ele não estava a fim). [Confrontar: afim.]

a fim de

Usa-se para exprimir intenção, finalidade ou vontade (ex.: juntou dinheiro a fim de custear a viagem). = PARA

Com vontade de (ex.: estão a fim de ir ao cinema?).

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Com interesse amoroso ou sexual por (ex.: eu estou a fim de você).

a fim de que

Usa-se para introduzir intenção ou finalidade em relação ao que foi dito anteriormente (ex.: a situação foi comunicada às autoridades, a fim de que possam ser tomadas as medidas necessárias). = PARA QUE

ao fim e ao cabo

Expressão usada para exprimir uma conclusão (ex.: creio que, ao fim e ao cabo, o processo foi proveitoso). = AFINAL, NO FIM DE CONTAS

fim da picada

Aquilo que se considera como um limite, geralmente do que é admissível ou aceitável (ex.: acho que isto é o fim da picada; chegámos ao fim da picada).

no fim de contas

O mesmo que ao fim e ao cabo.

Por último, finalmente.

por fim

Em último lugar. = ENFIM, FINALMENTE

Em conclusão; em suma. = ENFIM, FINALMENTE

Expressão indicativa de alívio ou contentamento por algo muito esperado ou desejado finalmente acontecer. = ENFIM, FINALMENTE

sem fim

Infinito ou que não tem número. (Confrontar: sem-fim.)

etimologiaOrigem etimológica:latim finis, -is, limite, fronteira, termo, alvo.

Auxiliares de tradução

Traduzir "fim" para: Espanhol Francês Inglês

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida sobre o uso do acento grave (chamamos de crase aqui no Brasil). Um amigo me disse que pode-se escrever à favor, alegando que é opcional o uso da crase em locuções adverbiais. Ele está correto?
A crase à é uma contracção da preposição a com o artigo definido feminino a. Para haver o uso desta crase, é necessário que haja um substantivo feminino a seguir que justifique o uso do artigo definido feminino (ex.: estava à frente = estava a[PREP]+a[ART] frente; foi à caça = foi a[PREP]+a[ART] caça). Não poderá usar a crase numa expressão como a favor, pois favor é um substantivo masculino e nunca poderia ser antecedido do artigo definido feminino a. Em alguns casos poderá haver uso de crase antes de substantivos masculinos, mas apenas em situações muito específicas, em que se pode subentender locuções como moda de ou maneira de (ex.: coelho à [maneira do] caçador).
Sobre este assunto, poderá também consultar outras respostas em regência verbal e nominal, graças a deus e crase em intervalo temporal.




A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).