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mudo

A forma mudopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de mudarmudar] ou [adjectivoadjetivo].

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mudomudo
( mu·do

mu·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que não tem uso da palavra oral ou da capacidade de falar.

2. Que não fala muito. = CALADO, SILENCIOSO, TACITURNOFALADOR, LOQUAZ

3. Que não é acompanhado de palavras orais ou de gritos (ex.: cinema mudo).

4. Que não se pronuncia ou não se articula (ex.: consoante muda).

5. Que não se manifesta abertamente. = ESCONDIDO, OCULTO, SECRETO

6. Em que não se ouve ruído algum. = SILENCIOSO


mudo e quedo

Em silêncio e quase sem se mexer.

etimologiaOrigem etimológica:latim mutus, -a, -um.
Confrontar: modo.
mudarmudar
( mu·dar

mu·dar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

1. Fazer ou sofrer alteração. = ALTERAR, MODIFICAR, TRANSFORMARCONSERVAR, MANTER

2. Variar de habitação ou residência.


verbo transitivo e intransitivo

3. Tirar de um lugar ou posição para outro. = DESLOCAR, MOVER, TRANSFERIR

4. Substituir, trocar.

5. Dispor ou apresentar-se de outra forma. = MODIFICAR, RENOVAR

6. Dar outra orientação, direcção ou sentido. = REDEFINIR, REDIRECCIONAR

7. Estar na muda (da pena, da pele etc.).


verbo intransitivo

8. Cambiar, variar.

etimologiaOrigem etimológica:latim muto, -are.

Auxiliares de tradução

Traduzir "mudo" para: Espanhol Francês Inglês

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Dúvidas linguísticas



Como devo falar ou escrever: "o Departamento a que pertence o funcionário" ou "o Departamento ao qual pertence o funcionário".
Nenhuma das expressões que refere está incorrecta, uma vez que, em orações subordinadas adjectivas relativas, o pronome relativo que pode, de uma maneira geral, ser substituído pelo seu equivalente o qual, que deverá flexionar em concordância com o género e número do antecedente (ex.: os departamentos aos quais pertence o funcionário). No caso em questão, o pronome relativo tem uma função de objecto indirecto do verbo pertencer, que selecciona complementos iniciados pela preposição a, daí que os pronomes que e o qual estejam antecedidos nestas expressões por essa preposição (a que e ao qual).

É de notar que a utilização da locução pronominal o qual e das suas flexões não deve ser feita quando se trata de uma oração relativa adjectiva restritiva que não é iniciada por preposição, isto é, quando a oração desempenha a função de um adjectivo que restringe o significado do antecedente (ex.: o departamento [que está em análise = analisado] vai ser reestruturado; *o departamento o qual está em análise vai ser reestruturado [o asterisco indica agramaticalidade]).




Seria possível esclarecerem-me quanto à seguinte dúvida? Diz-se impresso / imprimido? E morto / morrido / matado?
Sei que só se pode usar cada uma das conjugações com uma forma dos verbos ser / estar / ter (este último não tenho a certeza). Com quais formas posso usar? Qual a regra gramatical?
Apesar de desconhecida por grande parte dos falantes, existe uma regra da gramática tradicional que estipula que os particípios irregulares (ex.: impresso, morto, pago, salvo) devem ser utilizados com os verbos ser e estar (ex.: o documento foi impresso e ele foi morto) e os regulares (geralmente terminados em -ado ou -ido) com os verbos ter e haver (ex.: ela tinha imprimido o documento e ele disse que tinha matado o coelho). Citando Lindley Cintra e Celso Cunha, “de regra, a forma regular emprega-se na constituição dos tempos compostos da VOZ ACTIVA, isto é, acompanhada dos auxiliares ter ou haver; a irregular usa-se, de preferência, na formação dos tempos da VOZ PASSIVA, ou seja acompanhada do auxiliar ser.” *

No entanto, verifica-se uma tendência para o uso exclusivo de uma das formas do particípio, como é o caso de pago, ganho, gasto e entregue, que se utilizam com qualquer um dos verbos auxiliares, em detrimento da existência de formas participiais regulares (ex.: tinha entregue a encomenda, eles têm gasto muito dinheiro, etc.).

Existe uma falta de concordância entre obras lexicográficas no que diz respeito a esta questão. Se há autores que registam certos verbos como detentores de duplos particípios, outros, para os mesmos verbos, registam apenas as formas regulares. É o caso, por exemplo, de exaurir. Alguns autores referem exausto e exaurido como particípio de exaurir, mas outros registam apenas a segunda forma.

No que diz respeito aos particípios morto, morrido e matado, estes não são todos referentes ao mesmo verbo. Morto e matado são particípios de matar (ex.: ele foi morto pelo exército inimigo e ela tinha matado a mosca); morrido é particípio de morrer (ex.: tinha morrido há mais de dois anos).

* Cunha, Celso, Lindley Cintra, Nova Gramática do Português, 14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 441. A regra prevê, no entanto, excepções, como no caso do verbo imprimir: “Imprimir possui duplo particípio quando significa «estampar», «gravar». Na acepção de «produzir movimento», «infundir», usa-se apenas o particípio em -ido. Dir-se-á, por exemplo: Este livro foi impresso em Portugal. Mas, por outro lado: Foi imprimida enorme velocidade ao carro." (Celso Cunha & Lindley Cintra, Op. cit., p. 442).