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parte

A forma partepode ser [segunda pessoa singular do imperativo de partirpartir], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de partirpartir], [nome feminino plural] ou [nome feminino].

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parteparte
( par·te

par·te

)


nome feminino

1. Porção de um todo.

2. Quinhão.

3. Lote.

4. Cada um dos troços de uma divisão.

5. O que compete a cada voz ou a cada instrumento (numa peça musical).

6. Papel (de um actor).

7. Lugar; sítio.

8. Lado; banda.

9. Litigante (em juízo).

10. Outorgante (em contrato).

11. Causa; partido.

12. Despacho; comunicação oficial; telegrama.

13. Notícia, participação.

14. Sentido.

partes


nome feminino plural

15. Prendas, dotes pessoais; quantidades.

16. Endróminas, momices.

17. [Brasil] [Brasil] Exigências, meticulosidade.

18. Órgãos da geração.


à parte

Excepto; sem falar em. (Confrontar: aparte.)

Em forma de aparte; em separado. (Confrontar: aparte.)

da parte de

Por ordem ou mandado de; em nome de.

dar parte

Comunicar, participar.

deixar-se de partes

Deixar-se de histórias, deixar-se de rodeios.

de parte

Em separado ou em isolamento (ex.: não gosto de deixar ninguém de parte).

De forma a não ser usado ou a ser usado mais tarde (ex.: tinha um dinheirinho de parte). = DE LADO

de parte a parte

De um lado e de outro, de forma recíproca (ex.: houve insultos de parte a parte).

em grande parte

No maior número; quase na sua totalidade.

em parte

De forma limita a alguns aspetos. = PARCIALMENTE

parte cantante

O canto.

parte cavada

Trecho de música para cada executante.

partes fracas

Órgãos genitais externos de ambos os sexos.

partes gagas

[Popular] [Popular] Os órgãos sexuais masculinos.

[Popular] [Popular] Caretas, trejeitos, gestos.

[Popular] [Popular] Ameaças, intimidações.

por partes

Especificando.

ter parte em

Participar de; concorrer para.

etimologiaOrigem etimológica:latim pars, -partis.
partirpartir
( par·tir

par·tir

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

1. Dividir em partes; separar com força ou violência (ex.: ainda partem a janela com essa brincadeira; se o cano partir, a culpa é sua; o copo partiu-se). = QUEBRAR

2. Causar ou sofrer fractura (ex.: partiu a cabeça na escola; o osso partiu; escorregou nas escadas e partiu-se todo). = QUEBRAR


verbo transitivo

3. Repartir; distribuir.

4. Ter origem ou começo. = PROCEDER, PROVIR

5. Confinar.

6. Seguir, prosseguir; prolongar-se, estender-se.


verbo intransitivo

7. Pôr-se a caminho, seguir viagem.

8. Ir-se embora. = RETIRAR-SE

9. Sair com ímpeto. = ARREMESSAR-SE

10. Perder a vida; cessar de viver. = MORRER, PERECER


verbo pronominal

11. Retirar-se, sair.

12. Fugir, afastar-se.

13. [Figurado] [Figurado] Afligir-se, doer-se.


a partir de

Com início em determinada data; a datar de (ex.: o dinheiro estará disponível a partir de segunda-feira).

partir de

Admitir um princípio ou doutrina como base dos seus argumentos (ex.: o trabalho é fácil, partindo do princípio que as bases já estão divididas).

etimologiaOrigem etimológica:latim partio, -ire, dividir em partes, distribuir, repartir.

Auxiliares de tradução

Traduzir "parte" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se escrever ou dizer o termo deve de ser é correcto? Eu penso que não é correcto, uma vez que neste caso deverá dizer-se ou escrever deverá ser... Vejo muitas pessoas a usarem este tipo de linguagem no seu dia-a-dia e penso que isto seja uma espécie de calão, mas já com grande influência no vocabulário dos portugueses em geral.
Na questão que nos coloca, o verbo dever comporta-se como um verbo modal, pois serve para exprimir necessidade ou obrigação, e como verbo semiauxiliar, pois corresponde apenas a alguns dos critérios de auxiliaridade geralmente atribuídos a verbos auxiliares puros como o ser ou o estar (sobre estes critérios, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus, Ana Maria Brito, Inês Duarte e Isabel Hub Faria, pp. 303-305). Neste contexto, o verbo dever pode ser utilizado com ou sem preposição antes do verbo principal (ex.: ele deve ser rico = ele deve de ser rico). Há ainda autores (como Francisco Fernandes, no Dicionário de Verbos e Regimes, p. 240, ou Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa, p. 232) que consideram existir uma ligeira diferença semântica entre as construções com e sem a preposição, exprimindo as primeiras uma maior precisão (ex.: deve haver muita gente na praia) e as segundas apenas uma probabilidade (ex.: deve de haver muita gente na praia). O uso actual não leva em conta esta distinção, dando preferência à estrutura que prescinde da preposição (dever + infinitivo).



A palavra vigilidade, que tem origem na palavra vígil, tem suscitado alguma controvérsia na área em que estou envolvido. É um termo que é utilizado nalguns trabalhos de psicologia e por algumas instituições nacionais ligadas aos medicamentos (ex: INFARMED). No entanto, não encontrei a palavra nos dicionários que consultei, inclusivamente o da Priberam. Alternativamente a palavra utililizada é vigilância. Assim, gostaria de saber a vossa opinião sobre este assunto.
Também não encontrámos a palavra vigilidade registada em nenhum dos dicionários ou vocabulários consultados. No entanto, este neologismo respeita as regras de boa formação da língua portuguesa, pela adjunção do sufixo -idade ao adjectivo vígil, à semelhança de outros pares análogos (ex.: dúctil/ductilidade, eréctil/erectilidade, versátil/versatilidade). O sufixo -idade é muito produtivo na língua para formar substantivos abstractos, exprimindo frequentemente a qualidade do adjectivo de que derivam.

Neste caso, existem já os substantivos vigília e vigilância para designar a qualidade do que é vígil, o que poderá explicar a ausência de registo lexicográfico de vigilidade. Como se trata, em ambos os casos, de palavras polissémicas, o uso do neologismo parece explicar-se pela necessidade de especialização no campo da medicina, psicologia e ciências afins, mesmo se nesses campos os outros dois termos (mas principalmente vigília, que surge muitas vezes como sinónimo de estado vígil) têm ampla divulgação.